Minha terra tem palmeiras,
Onde
canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha
terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Poeta Caxiense Antonio Gonçalves Dias (Coimbra, julho de 1843)
Caxiense Gonçalves Dias, grande poeta, romantismo e indigenista brasileiro.
ResponderExcluirÉ um poema de saudação a nossa terra onde as aves, os amores e as flores são melhores do que em qualquer outro lugar. Um importante elemento trazido pela canção gonçalvina é que a palmeira e o Sabia tornaram-se símbolos da identidade nacional brasileira.
ResponderExcluirLindo poema...retrata a beleza de nossa terra.
ResponderExcluirAmo tanto a minha cidade Caxias, mas tive que sair de vez e morar em Goiás, não esqueço um só momento desta terra que vivi e continuo vivendo através de pensamento. Beijos a todos. Betinho. Obs;Morei no Cangalheiro.
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