sexta-feira, 17 de outubro de 2014

As Quebradeiras de Coco Babaçu - José Maria Souza Costa


Envoltas em largas saias, ou colchas cruzadas,
Rebramando em som, o efeito do machado.
Sentadas! Abrem o coco à força, e à pauladas
Transformando sonhos, sonhando com achados.

Interpretam cantos, causos e resenhas em mentes.
Essas bravas mulheres, sonham permanentemente.
Elas lutam tanto, exterminando o sofrimento. 
E em lamentos versados, eternizam os sentimentos.

Essa união de força, é que irradia o dia!
Que alimenta os sonhos! Captando o
Canto, onde mescla-se: a alma à galhardia.

E pelo retrôo do ferro frio. Abre-se a memória
De idos melhores. E as quebradeiras de
Coco; reluz o brilhar da página, com a História.


Poema de José Maria Souza Costa
Arari/Maranhão
Fonte: http://www.josemariacosta.com 

Um comentário:

  1. Esse poema reflete a realidade de varias mulheres, que ainda precisam do babaçu para poder alimentar os filhos. Triste realidade maranhese. Essas pessoas vivem sem dignidade nenhuma, numa atividade perigosa para ganhar centavos que mal dar para comprar um quilo de arroz, ou seja o trabalho de um dia inteiro: catar coco babaçu, transportar em cofos pesados, quebrar 4 a 5 kg, para no final do dia vender e ganhar 2,00 ou 3,00. Elas precisam de apoio do poder publico, pelo menos de garantir a lei do Babaçu livre em cada município.

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