sussurra no meu ouvido
balança-me, tremula as palmeiras
não existe mais exílio
estou em casa
com o tempo aqui preservado
os becos exalam antigos segredos
as águas ainda murmuram suas canções
os paralelepípedos
sufocados pelo asfalto
outrora pisados por poesia
resistem tal qual
as palmeiras e a sensibilidade
os pássaros voam e pousam
nas vidas entrelaçadas
o canhão lá no morro
guardando o passado
- que de tão longe me dá uma saudade -
com as lembranças adormecidas
numa gaveta a sete chaves.
Fonte: MENESES, Silvana Lourença. Outras Palavras. São Luís: Gráfica e Editora Aquarela Ltda., 2005.
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