ALECRIM DESFIGURADO
/// Íris Mendes///
A Balaiada feriu o povo
e tombou a liberdade.
O morro foi tombado!
Ao silêncio dos canhões, sobre o sangue derramado,
cresceram flores.
Aí erigi canções.
Mas eis que rugem os tratores.
Morro desmatado, morro matado.
Protestam agora os violões
porque nos violam os vilões.
O morro é tombado!
Projetas sua queda
e tombam os corações dos poetas
a esse tiro de um tirano canhão acordado.
Acordam os poetas!
Suas vozes erguem-se em guerra:
"O morro é tombado!"
As violas cantam essa canção.
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OS POETAS E SEUS CANHÕES
/// Mohammed Branca Viana Hassam///
Do canhão
Clarão
Corpos nus
No chão
Luta diária
Sem chão
O protesto
É minha voz
Os poetas e seus canhões
Soltando verbetes, fazendo clarões
A guerra só começou!
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Fonte:
Seleção e organização dos poemas: Carvalho Junior
Fotos retiradas do Facebook de cada escritor
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