sábado, 23 de setembro de 2017

Tabocas & versos: novas reações/resistências à ameaça de descaracterização do Morro do Alecrim

 


ALECRIM DESFIGURADO
/// Íris Mendes///


A Balaiada feriu o povo
e tombou a liberdade.
O morro foi tombado!
Ao silêncio dos canhões, sobre o sangue derramado, 
cresceram flores.
Aí erigi canções.
Mas eis que rugem os tratores.
Morro desmatado, morro matado.
Protestam agora os violões 
porque nos violam os vilões.
O morro é tombado!
Projetas sua queda
e tombam os corações dos poetas
a esse tiro de um tirano canhão acordado.
Acordam os poetas!
Suas vozes erguem-se em guerra:
"O morro é tombado!"
As violas cantam essa canção.


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OS POETAS E SEUS CANHÕES 
/// Mohammed Branca Viana Hassam///



Do canhão 
Clarão 
Corpos nus
No chão 
Luta diária 
Sem chão 
O protesto 
É minha voz 
Os poetas e seus canhões 
Soltando verbetes, fazendo clarões
A guerra só começou!


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Fonte:
Seleção e organização dos poemas: Carvalho Junior
Fotos retiradas do Facebook de cada escritor

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