quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Caxias - Afonso Cunha, poeta caxiense


Muitas vezes pensando nos remotos
Dias ilustres desta grande terra,
Vejo passarem diante dos meus olhos,
Soberbos e mais belos do que nunca
Os heróis das batalhas mais famosas
E os peregrinos poetas que os cantam.

Vejo no altivo Morro das Tabocas,
Batidos pelo sol quente de agosto
Aqueles que, no entrechocar da luta,
Ergueram tanto o nome de Caxias,
Que, embora decorridos tantos anos,
Caxias sente que combatem ainda!

E é por isso, talvez, que este meu povo,
Quando se lhe antepõe a tirania,
Tem atitudes de guerreiro antigo:
E então se escuta, pelo espaço afora,
Um clamor de clarins, e de tambores,
E de cavalos ardegos de guerra...


MEMBROS DA ACADEMIA CAXIENSE DE LETRAS

Academia Caxiense de Letras [Casa de Coelho Neto]
Fundada em 15 de Agosto de 1997
Rua 1º de Agosto, 737, Centro,  Caxias -  Maranhão

 ACADEMIA CAXIENSE DE LETRAS
CADEIRA
ACADÊMICO
PATRONO
FUNDADOR
1
Maria De Fátima Félix Costa Rosar
Aluísio de Azevedo

2
Firmino Antônio Freitas Soares
Monsenhor Clóvis B. Vidigal

3
Arthur Almada Lima Filho
Arthur Almada Lima

4
José Linhares De Araújo
Enoch Torres da Rocha  

5
Firmino Antônio Freitas Soares Filho
Joaquim Vespasiano Ramos 
Cid Teixeira de Abreu
6
Antônio Carlos Medeiros
Raimundo Costa Sobrinho

7
Raimundo José Portela De Carvalho
César Augusto Marques

8
Rodrigo Otávio Baima Pereira
Francisco Dias Carneiro

9
Ana Luiza Almeida Ferro
Filomena Machado Teixeira
Dinir Costa e Silva
10
Mílson Sousa Coutinho
Raimundo Nonato da Silva
Osmar Rodrigues Marques
11
Jacques Inandy Medeiros
José do Rêgo Medeiros

12
Joseane Maia Santos Silva
Laura Rosa
Adaílton Medeiros
13
Antônio Pedro Carneiro
Jadihel Carvalho

14
Edson Carvalho Vidigal
Alexandre Costa

15
Ana Maria Costa Félix
Antônio Gonçalves Dias

16
Silvana Lourenço De Meneses
Nereu Bittencourt

17
Renato Lourenço De Meneses
Celso Antônio Silveira de Meneses

18
Inês Pereira Maciel
Medeiros e Albuquerque
Gentil Alves de Meneses
19
Edmilson Sanches
Vítor Gonçalves Neto

20
José De Ribamar Cardoso
Raimundo Teixeira Mendes

21
Sillas Marques Serra
Teófilo Dias de Mesquita

22
Joaquim Vilanova Assunção Neto
Henrique Maximiano Coelho Netto

23
Jorge Luiz Oliveira Bastiani
Luís Coelho Sales

24
José Luiz Da Cunha Júnior
Joaquim Teixeira Júnior
Lucy de Jesus Teixeira
25
Manoel Albert Cantanhede Lima
Antônio Veras de Holanda

26
Raimundo Nonato Medeiros
Francisco Caldas Medeiros

27
Aluízio Bittencourt Albuquerque
Afonso Cunha

28
Jotônio Moreira Viana
Raimundo Nonato Teixeira Santos

29
Raimundo Nonato Palhano Silva
Ignácio Mourão Rangel

30
Wybson José Pereira Carvalho
João Vicente Leitão

31
Jamil De Miranda Gedeon Neto
Frederico José Correa

32
Naldson Luís Pereira Carvalho
João de Deus do Rêgo

33
José Ribamar Guimarães Corrêa
Cônego Aderson Guimarães Júnior

34
Raimundo Borges
Elpídio Brito Pereira

35
Frederico José Ribeiro Brandão
João Mendes de Almeida
Libânio da Costa Lobo
36
Maria Anecy Calland Marques Serra
Odolfo Aires de Medeiros

37
Ruy Palhano Silva
Agnelo Vieira Chaves

38
Raimundo Nonato Medeiros Silva
Teodoro da Silva Ribeiro Júnior

39
Antônio Augusto Ribeiro Brandão
João Guilherme de Abreu

40
Maria Gemma De Jesus Carvalho

Salvador de Castro Barbosa

ORGULHE-SE DE CAXIAS



Uma cidade surpreende pela grandeza de seus filhos e de seus feitos

***
Veja. Em termos de origem (genealogia) territorial de municípios maranhenses, Caxias é "mãe" ou "avó"/"bisavó" de diversas cidades. Por exemplo: a área de Imperatriz saiu do território de Grajaú. Grajaú saiu de Pastos Bons, e Pastos Bons era distrito de Caxias. Portanto, Imperatriz é “filha” de Grajaú, “neta” de Pastos bons e “bisneta” de Caxias.

Além de muitos municípios, muita coisa e gente boa teve origem em Caxias. Veja.


A BANDEIRA - Todo brasileiro que vê a Bandeira Brasileira fique sabendo: foi um maranhense de Caxias, Raimundo Teixeira Mendes, o autor dela, apresentada ao Marechal Deodoro da Fonseca em 19 de novembro de 1889 (conhecido como o Dia da Bandeira).

OS VERSOS - Todo brasileiro que leia os versos “Minhas terra tem palmeiras / onde canta o sabiá” fique sabendo: o autor, Gonçalves Dias, nasceu em Caxias.

O DUQUE - Todo brasileiro que tenha ouvido falar do Duque de Caxias, o patrono do Exército Brasileiro, fique sabendo que foi a cidade caxiense que inspirou Luís Alves de Lima e Silva a escolhê-la para nome de seus títulos de nobreza (barão, duque).

MARAVILHOSA - Todo brasileiro que já ouviu a frase “Cidade Maravilhosa” ou cantou a música que a repete, referindo-se ao Rio de Janeiro, saiba que o autor dessas palavras é um maranhense de Caxias, o escritor Coelho Netto.

O GOL - Todo brasileiro que gosta da Seleção Canarinho, a equipe brasileira de futebol, saiba que foi João, o Preguinho, filho do caxiense Coelho Netto, o autor do primeiro gol do nosso time nacional em Copa do Mundo.

TORCIDA - Brasileiros e brasileiras que gostam de futebol, saibam que foi um caxiense -- Coelho Netto -- que "inventou" a palavra "torcida" com o significado de conjunto de simpatizantes, defensores, apoiadores e entusiastas de um clube de futebol ou outra agremiação esportiva.

A UNIVERSIDADE - Todo brasileiro também fique sabendo que foi um neto de família caxiense, Cândido Mendes de Almeida Filho, o fundador da mais antiga universidade privada existente no Brasil, a Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, de 1902.

AGRICULTURA - Todo brasileiro que sabe a importância de um Ministério da Agricultura para um país com as dimensões e o potencial do Brasil nesse setor da economia saiba que foi um caxiense, João Christino Cruz, quem criou esse Ministério.

TEATRO - Se o Teatro e a Dramaturgia negra brasileira têm um pioneiro, este é o caxiense Ubirajara Fidalgo.

SACERDOTISA - Uma das principais sacerdotisas de culto afro-brasileiro, estudada por antropólogos de diversos países, é a caxiense Mãe Andresa (Andresa Maria de Sousa Ramos), que viveu exatos cem anos, de 1854 a 1954.

ODONTOLOGIA - Se a profissão dos dentistas, a Odontologia, tem um nome que é considerado a “Glória da Odontologia Brasileira”, saibam todos que esse nome é o do odontólogo caxiense Aderson Ferro.

O JORNALISTA MAIS COMPLETO - Se houve um advogado e jornalista que redigiu a Lei do Ventre Livre, lutou contra a escravidão, advogava para os pobres gratuitamente, era um estudioso do Direito, um lutador das justas causas jurídicas e políticas e considerado o jornalista mais completo do Brasil, homenageado com seu nome em praça e seu rosto em busto próximo ao fórum de São Paulo (que tem o nome de seu filho), esse homem e esse nome é João Mendes de Almeida, maranhense de Caxias. A Ordem dos Advogados do Brasil de São paulo reeditou o conjunto das obras jurídicas desse caxiense, cujo filho, João Mendes de Almeida Júnior, outro talentoso jurista, dá nome ao maior fórum do país (São Paulo, SP).


Texto de EDMILSON SANCHES
edmilsonsanches@uol.com.br


domingo, 23 de novembro de 2014

Jagunço - poeta caxiense Vítor Gonçalves Neto



Jagunço

De olhar imóvel e unhas aguçadas
dentro da noite constelada e fria
Jagunço vira as latas e esvazia
baldes e caixas postos nas calçadas.

E a tiritar, a sós, nas madrugadas
relembra aflito a cínica ironia
daquela lata que encontrou vazia
em frente à casa rica dos Andradas.

Mas... certamente, este cachorro azado
vem trazer-me a lembrança do passado
junto a uma grande e lacerante dor,
pois, quantos corações não conquistei,
porém, aquele que em verdade amei
não possuia nem sequer amor.

Vítor Gonçalves Neto



* Nota de Quincas Vilaneto:
O poema é  original do poeta Vítor Gonçalves Neto, feito em Fortaleza, a 20 de maio de 1944, autografado, que levei bastante tempo para descobrir as palavras que faltavam, ei-lo.

Hino Oficial do Folclore Maranhense

Urro do Boi
(Coxinho)


"Lá vem meu boi urrando
subindo o vaquejadô
deu um urro na porteira
meu vaqueiro se espantou
e o gado da fazenda
com isso se levantô.

Urrou, urrou
Urrô,urro
Meu novilho brasileiro
Que a natureza criou.

Boa noite, meu povo
que vieram aqui me ver
com esta brincadeira
trazendo grande prazer
salve os grandes e pequenos
este é o meu dever
saí pra cantar boi
bonito pro povo ver
São João mandou, é pra mim fazer
é de minha obrigação
eu amostrar meu saber.

Urrou, urrou
urrou,urrou
meu novilho brasileiro
que a natureza criou.

Pra Jesus de Nazaré 
e a virgem da Conceição
viva o boi de Pindaré
com todo seu batalhão
São Pedro e São Marçal 
e meu senhor São João
viva as armas de guerra
viva o chefe da nação
viva a estrela do dia
São Cosme e São Damião.

Urrou, urrou
urrou,urrou
Meu novilho brasileiro
Que a natureza criou.

meu povo presta atenção
os poetas do Maranhão
que canta sem lê no livro
já tem em decoração
todo amo no mês de junho
temos por obrigação
de cantá toada nova
em louvo de São João
viva a bandeira brasileira
cobrindo a nossa nação.

Urrou, urrou
Urrou,urrou
Meu novilho brasileiro
Que a natureza criou.