segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Novo poema - Poeta caxiense Quincas Vilaneto



O poema me espreita
arde sobre a mesa
com suas letras empilhadas
como se fossem uma presa
que o vento fareja
depois da queixa.

O poema cava
palavras em mim
até obtê-las
em troca do que teço
bebido pela boca
que o receita.

O poema dorme em minhas pálpebras
têm gosto de metáforas
cheiro de jasmim.
De manhã ele vira tudo
até florescer em mim.

2 comentários:

  1. Ser poeta é colher a semente do peito da alma, o poeta Quincas Vilaneto está de parabéns. Como disse Ulisses Tavares: “Olha de novo: não existem brancos, não existem amarelos, não existem negros: somos todos arco-íris.”

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  2. Belo poema. Como dix Mario Chamir em 1962, as palavras nao sao corpos inertes, imobilizados nas maos de quem as profere e usa. A palavras sao corpos vivos nas maos dos poetas.

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